sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

DIÁLOGO


Um passarinho veio me visitar.Pousou na minha janela e fitou-me.
Disse ter-me visto noutro dia.
Perguntei a ele onde morava, de onde era que ele vinha.
Disse-me vir de um lugar distante, que quase ninguém conhecia. Que no seu mundo havia amor, verdade e muita harmonia.
Perguntei-lhe por que viera, disse-me que não sabia. Que se perdera pelo caminho e voltar já não conseguia.
Então, pedi-lhe que ficasse. Disse-me que não podia. Que aqui, no meu lugar, não há amor nem tampouco há razão para alegria. Que as flores são de plástico e que matas já não há. Que os homens eram robôs,justiça nem caridade não tinham e, comandados pela ambição, coração eles já não possuiam.
Tentei convencê-lo do contrário, mostrar-lhe o mal da generalização. Mas, ele não me ouvia.
Estava triste, assustado, e me disse que se ficasse, morreria.
Deu-me adeus, saiu voando.
Qual é o seu nome? gritei, enquanto partia.
Sou irmão da Felicidade, filho da Paz e do Amor, meu nome é Alegria! respondeu-me, enquanto de mim fugia.

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